As Irmãs
De entre as várias congregações que estão na Cidade da Alegria, as Irmãs Carmelitas Samaritanas del Corazón de Jesús exibem o sorriso no rosto, deixando para trás o cansaço pelas várias horas de viagem desde Toledo, de onde é a sua Diocese.
“Temos um profundo amor pelo Carmelo e pelo espírito de Santa Teresa de Jesus, que consideramos a nossa Santa Mãe. Mas quando entrámos na intimidade aberta do Senhor, que é o Seu Coração, vimo-lo de uma forma diferente e sentimo-nos impelidos a vivê-lo de uma forma diferente”, conta a Irmã Maria Clara, mostrando um claro orgulho na sua congregação.
Alojadas em Cascais, junto de mil e seiscentos peregrinos espanhóis, tiveram a oportunidade de participar no Encontro dedicado à comunidade espanhola nos Jardins do Casino Estoril. Já exploraram o entorno de Belém e nesta quarta-feira estão de visita ao Santuário de Fátima, momento que desponta muita emoção entre todas.
Algumas haviam estado na JMJ de Madrid, e agradecem por Lisboa não ter um clima tão avassalador, o que lhes permite estar à escuta e assitir a toda a união da Igreja Católica, no seu encontro com o Papa Francisco.
Mais adiante, passeavam as Irmãs Lília e Brígida, da Congregação das Irmãs Franciscanas da Nossa Senhora das Vitórias.
A Irmã Lília, oriunda da Ilha da Madeira, e Irmã Brígida, nascida na capital (Tete), a maior cidade homónima da província moçambicana, têm em comum a missão de divulgar os valores e o trabalho iniciado pela sua fundadora, Mary Jane Wilson, também conhecida como Irmã Maria de São Francisco. Este ano celebram o seu jubileu, com mais 150 anos da sua conversão, anteriormente anglicana. Na génese do seu trabalho estão várias frentes de missão em defesa da Vida: hospitais, escolas e orfanatos, farmácias e um seminário para formar novos sacerdotes.
Para a Jornada, recordam a mensagem do Papa João Paulo II: “Não tenhais medo!”, especialmente em difundir a palavra de Cristo. A Irmã Brígida deixa-nos com o mote da sua antecessora-mãe: “Façamos todo o bem que nos é possível!” , deixando o apelo aos jovens, para que tenham a vontade de querer fazer sempre o bem, por nós, como pelos outros.
O calor da tarde em Lisboa também não desanimou as Irmãs Marianas do Gâmbia. Vindas de uma semana de Pré-Jornada no Santuário de Fátima, descrevem a emoção de conhecer em primeira mão os pontos-chave da vida dos três Pastorinhos, que em nada se compara ao que leram nos livros e às histórias que sobre eles ouviram.
Dizem que não há agradecimentos que preencham o privilégio de participar na Jornada, que mostra a realidade da difusão da missão mariana pelos quatro cantos do globo.
“Penso que hoje se cumpre a profecia da nossa fundadora”, sorri uma das irmãs. “Há muitos anos, anteviu que iríamos cruzar os oceanos e hoje aqui estamos, como em mais de 20 países diferentes.”