Dentre os muitos peregrinos que vieram de todas as partes do globo para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 estão jovens escoceses e ingleses, os segundos de Liverpool e Manchester, que fazem parte de um grupo de 40 salesianos do Reino Unido. Esta é a primeira participação deles na JMJ.

Enquanto esperavam pacientemente pela sua vez no Parque do Perdão, os jovens explicaram que, no Reino Unido, era habitual confessarem-se e daí, não queria deixar passar a oportunidade de o fazerem durante a Jornada.

Logo fizeram amizade com uma peregrina nova-iorquina: Monica Mary. Ela conta que sempre quis participar na Jornada, desde a infância: “Assim que soube que a JMJ ia acontecer em Lisboa, inscrevi-me”, diz.

Em cartas que escreveu ao Papa Francisco, Monica relata a dificuldade em ser católica em seu país e revela o orgulho imenso na sua fé. Ela espera poder trazer um pouco desse sentimento de volta, para que o possa partilhar também com quem não teve oportunidade de participar.

A beleza da diversidade

Um som animado chamava a atenção de quem passava entre os stands da Feira das Vocações. Vinha de quatro jovens madeirenses: Maria do Rosário, André, Miguel e Sara. Para eles, era um orgulho estar a representar o Funchal, enquanto Salesianos.

“O ponto alto desta Jornada foi, sem dúvida, a Vigília no Salesianos do Estoril”, contam bastante entusiasmados: “Ver oito mil jovens juntos em silêncio foi um momento indescritível”.

Jovens londrinos pertencentes ao movimento Jesus Youth destacam a beleza de viver a fé no ambiente da diversidade.“É óptimo poder discutir diferentes perspectivas com outros católicos. É assim que construímos a nossa fé”, dizem. “Temos a sensação de que, lá fora, há uma concepção errada de que a Igreja Católica só está presente no Mundo Ocidental. A Jornada Mundial da Juventude prova que isto não passa exactamente de uma ideia errada”.